A seca no estado tem contribuído para que muitos
trabalhadores deixem o campo e procurem as construtoras. Boa parte dos
profissionais no setor é oriunda do interior. É o caso do ajudante de pedreiro
Luiz Carlos de Paiva, de 30 anos, que assim como Wilson mora no interior e
passa a semana em Natal. O pagamento por produtividade rende ao mês cerca de R$
900.
O presidente do Sinduscon, Arnaldo Gaspar Júnior, ao centro, apresentou os dados da pesquisa |
“Trabalhava com agricultura, mas não tinha as
garantias de carteira assinada e vim buscar melhorias. Aqui ganho mais, aprendo
mais e posso crescer na profissão”, diz o morador de Cobé. Luiz Carlos estudou
até o ensino médio e faz um curso de capacitação na obra em que trabalha.
Salários
Para atrair profissionais, o setor da construção
civil tem desembolsado um pouco mais para pagar os salários. O mercado paga
mais que o piso de R$ 982 para garantir o operário na obra.
O pedreiro José
Wilson Fernandes que trabalha na construção de um prédio de 29 pavimentos, em
Candelária, recebe em média R$ 1,3 mil. “Há sempre boas ofertas e só fica
parado quem quer”, diz ele.
A mudança no
planejamento familiar que reduziu o número de filhos por casal “não está
restrita ao estrato social mais abastado”, observa Gaspar Jr, presidente do
Sinduscon. Entre os trabalhadores da construção civil é cada vez maior o número
daqueles sem filho ou com no máximo dois. E mais, embora tenham alegado
satisfação com o trabalho que fazem nas obras, os operários não desejam que os
filhos sigam a mesma carreira.
Normas para construir residências vão mudar
Durante a
apresentação da pesquisa que mostra o perfil dos trabalhadores da construção, o
Sinduscon também lançou o Guia Orientativo para atendimento das Normas de
Desempenho das Edificações Habitacionais - ABNT NBR 15575/2013, que entram em
vigor no dia 19 de julho.
A norma de
desempenho é um marco regulatório que limita responsabilidades e deveres de
incorporadoras, projetistas, construtoras, fabricantes de produto e do usuário
em todo país.
“Esta norma terá a mesma importância e
responsabilidade de ordenamento que o código de defesa de consumidor para a
relação de bens de consumo não duráveis”, compara o presidente do Sinduscon,
Arnaldo Gaspar Júnior.
O Sindicato está
criando um Fórum Técnico para discussão da Norma.
Fonte: Tribuna do Norte
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