quinta-feira, 9 de maio de 2013

Agricultores migram para os canteiros de obras

A seca no estado tem contribuído para que muitos trabalhadores deixem o campo e procurem as construtoras. Boa parte dos profissionais no setor é oriunda do interior. É o caso do ajudante de pedreiro Luiz Carlos de Paiva, de 30 anos, que assim como Wilson mora no interior e passa a semana em Natal. O pagamento por produtividade rende ao mês cerca de R$ 900.

O presidente do Sinduscon, Arnaldo Gaspar Júnior, ao centro, apresentou os dados da pesquisa

“Trabalhava com agricultura, mas não tinha as garantias de carteira assinada e vim buscar melhorias. Aqui ganho mais, aprendo mais e posso crescer na profissão”, diz o morador de Cobé. Luiz Carlos estudou até o ensino médio e faz um curso de capacitação na obra em que trabalha.

Salários

Para atrair profissionais, o setor da construção civil tem desembolsado um pouco mais para pagar os salários. O mercado paga mais que o piso de R$ 982  para garantir o operário na obra.

O pedreiro José Wilson Fernandes que trabalha na construção de um prédio de 29 pavimentos, em Candelária, recebe em média R$ 1,3 mil. “Há sempre boas ofertas e só fica parado quem quer”, diz ele.


A mudança no planejamento familiar que reduziu o número de filhos por casal “não está restrita ao estrato social mais abastado”, observa Gaspar Jr, presidente do Sinduscon. Entre os trabalhadores da construção civil é cada vez maior o número daqueles sem filho ou com no máximo dois. E mais, embora tenham alegado satisfação com o trabalho que fazem nas obras, os operários não desejam que os filhos sigam a mesma carreira.

Normas para construir  residências vão mudar

Durante a apresentação da pesquisa que mostra o perfil dos trabalhadores da construção, o Sinduscon também lançou o Guia Orientativo para atendimento das Normas de Desempenho das Edificações Habitacionais - ABNT NBR 15575/2013, que entram em vigor no dia 19 de julho.


A norma de desempenho é um marco regulatório que limita responsabilidades e deveres de incorporadoras, projetistas, construtoras, fabricantes de produto e do usuário em todo país. 

“Esta norma terá a mesma importância e responsabilidade de ordenamento que o código de defesa de consumidor para a relação de bens de consumo não duráveis”, compara o presidente do Sinduscon, Arnaldo Gaspar Júnior. 

O Sindicato está criando um Fórum Técnico para  discussão da Norma.

Fonte: Tribuna do Norte



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