domingo, 7 de abril de 2013

Ex-goleiro Bruno é afastado do trabalho na penitenciária por indisciplina


Um ato de indisciplina do goleiro Bruno Fernandes de Souza o levou a perder o direito de trabalhar por tempo indeterminado na lavanderia do complexo penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde está preso desde junho de 2010. A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) confirmou a suspensão do benefício visando a remição de pena, já que para cada três dias trabalhados, o detento reduz um de sua condenação. Mas o órgão não informou que tipo de indisciplina foi cometida por Bruno.

O advogado do goleiro, Lúcio Adolfo, disse que esteve com seu cliente na quinta-feira e foi informado por ele que não estava mais trabalhando. Ainda segundo o advogado, Bruno Fernandes foi transferido para o pavilhão 1, o mesmo que foi palco de uma rebelião em fevereiro, quando 90 detentos fizeram reféns uma professora e um agente penitenciário por mais de 24 horas.

Bruno e outros sete envolvidos respondem pela trama de sequestro e morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro, com quem teve um filho. No dia 8 do mês passado ele foi condenado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Eliza, além de sequestro do filho do casal, com pena total de 22 anos e 3 meses. Para ter direito à progressão do regime fechado para o semiaberto, em que poderia sair diariamente para trabalhar, Bruno tem que cumprir 7 anos, 9 meses e 15 dias de prisão da pena. O trabalho na penitenciária e o benefício de estudar são fundamentais para que ele reduza esse período atrás das grades, com a remição de pena.

Em nota divulgada ontem à noite, a Subsecretaria de Administração Prisional informou que a troca de internos de pavilhão é uma ação rotineira nas unidades prisionais. “O detento Bruno Fernandes de Souza, devido a um ato de indisciplina, teve desde o dia 1º de abril de 2013 a suspensão por tempo indeterminado do trabalho que realiza na lavanderia”, afirma a nota.

Ossada

A possibilidade de que uma ossada encontrada em Nova Serrana, Centro-Oeste de Minas, seja de Eliza parece remota, apesar de alguns indícios que sugerem ligação com o assassinato dela. Ontem à noite, o delegado regional de Bom Despacho, Ivan José Lopes, que responde pelas delegacia da região, confirmou que o laudo antropológico aponta que a ossada feminina seria de uma vítima de 35 anos. Em 2010, quando Eliza foi sequestrada e morta, ela tinha 25. Ainda de acordo com ele, a mulher teria 1,70 metro de altura e seria mestiça.

O caso começou a ganhar a atenção da Polícia Civil na segunda-feira, quando o delegado Rodrigo Noronha, de Nova Serrana, recebeu o laudo da perícia com informações sobre a ossada. “A arcada dentária da vítima que encontramos era perfeita, bem cuidada. Além disso, a mulher tinha 1,70 metro, mesma altura de Eliza Samudio”, diz. O resultado do exame de DNA que confirmará ou não a suspeita sai na semana que vem.

Do PORTAL UAI/DeFato

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