quarta-feira, 3 de abril de 2013

Cresce o número de casos de câncer de próstata na cidade

Doutores Tarcísio Lucena e Renato Fernandes

Os tumores da próstata se destacam entre os casos de câncer urológicos diagnosticados no Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM). No ano de 2012, foram notificados 561 novos casos de câncer em Mossoró e nos demais municípios da mesorregião Oeste potiguar. Destes, 59 casos pertencem ao grupo dos tumores urológicos, sendo 34 deles de próstata.
O câncer é uma doença que se diagnosticada no estágio inicial eleva a chance de cura. No caso do câncer da próstata, o índice de cura pode chegar a 90% dos casos, desde que detectados cedo. Daí a importância para o diagnóstico precoce dos tumores, alerta o urologista Tarcísio Lucena, do COHM.
A medicina classifica o câncer de próstata em três tipos: localizado (inicial), localmente avançado e avançado. Nos dois primeiros casos, há uma proposta de cura da neoplasia; no terceiro, não. “O câncer na fase mais avançada não tem proposta de cura, pois o tumor já se espalhou por outros órgãos, em processo de metástase”, explica o médico Tarcísio Lucena.
O urologista Renato Fernandes, também da equipe médica do Centro de Oncologia, cita os sintomas do câncer da próstata: “Dificuldade para urinar, jato de urina fraco, dor ao urinar e necessidade de urinar com frequência”, enumera. No entanto, enfatiza que apesar do câncer de próstata poder trazer tais sintomas, em muitos casos a doença é assintomática.
Daí, quanto mais cedo detectado, melhor a resposta ao tratamento e maior o índice de cura. Atualmente, os procedimentos de rastreamento, diagnóstico e tratamento do câncer da próstata em Mossoró e região são feitos no COHM, inclusive as cirurgias. O número de cirurgias passou de três em 2011 para 20 intervenções entre abril de 2012 e março de 2013.
A consulta deve começar aos 40 anos para homens de maior risco (com pai ou irmão que tenham tido câncer) e aos 45- 50 anos para os demais. A doença pode ser detectada por meio de exame de sangue (PSA), toque retal e a biópsia prostática, esta também já realizada no Centro de Oncologia. Para o tumor localizado, o tratamento pode ser feito com cirurgia, aplicação de radioterapia ou observação vigilante, em casos selecionados e específicos.
Nos tumores localmente avançados, o combate à doença se dá com uso da radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal. Para a neoplasia metastática, isto é, quando o câncer já se espalhou para outras partes do corpo, o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.
A escolha do tipo de tratamento é individualizada por paciente.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer da próstata é o tumor maligno mais comum do sexo masculino (excetuando-se os cânceres de pele) e o segundo que mais mortes causa, perdendo apenas para o câncer de pulmão.
Fonte: DeFato

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