Se voltar a Alemanha, Ratzinger perderá imunidade jurídica |
Joseph Ratzinger (na caricatura) foi processado em 2010 sob a acusação de que em 1995, então cardeal, acobertou um padre pedófilo. O processo foi retirado em 2012.
Para evitar novo questionamento jurídico, ele, aconselhado por assessores jurídicos, decidiu continuar a morar no Vaticano após deixar de ser o papa Bento 16, em 28 de fevereiro. A informação é de um funcionário do Vaticano que falou à AFP.
Se voltasse para a Alemanha, para morar em algum convento, ele perderia a imunidade jurídica que o Estado do Vaticano lhe garante.
“A sua permanência no Vaticano é necessária porque, se não fosse assim, ele poderia ficar indefeso”, disse o funcionário. “Ele não teria suas prerrogativas, entre as quais a imunidade jurídica.”
Encravado em Roma, o Vaticano é um Estado autônomo graças ao Tratado de Latrão assinado em 1929 entre a Itália, do ditador fascista Benito Mussolini, e a Igreja.
O pontificado de Bento 16 foi marcado pelos escândalos de pedofilia de sacerdotes em vários países, em casos das últimas décadas que vieram à tona. Por causa disso, o papa foi ameaçado de ser processado algumas vezes.
A permanência de Ratzinger no Vaticano, em um convento, também se deve a outros motivos, entre os quais o de garantir a sua privacidade, de modo que sua figura não se contraponha à do próximo papa, que não deverá ser tão conservador como ele.
Com informações das Agências via Paulopes
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