Cardeal Roger Mahony |
Vaticano (AE) - Movimentos populares estão aumentando a pressão nos Estados Unidos e na Itália para evitar que o cardeal Roger Mahony, da Califórnia, participe do conclave de cardeais que em breve deve eleger o próximo papa. Segundo ativistas, Mahony está envolvido em um esquema para acobertar padres acusados de abusos sexuais. Ao mesmo tempo, o papa Bento XVI analisa a possibilidade de alterar algumas das normas que regem o conclave. Em meio à mobilização contra Mahony, um historiador do Vaticano afirmou que não há precedentes para exclusão de um cardeal de um conclave por causa de escândalos pessoais. Mahony, por sua vez, deixou claro que está a caminho de Roma e não há ninguém que possa obrigá-lo a mudar de ideia.
Os conclaves sempre acabam por revelar o lado mais obscuro dos cardeais e não há nenhuma diferença desta vez - exceto pelas revelações de que os pecados de Mahony são muito recentes e pelo fato de que os católicos parecem querer mais poder na escolha do próximo papa. No início deste mês, um tribunal de Los Angeles ordenou a abertura de milhares de páginas de arquivos pessoais confidenciais de mais de 120 sacerdotes acusados de crimes sexuais. Os arquivos mostram que Mahony e outros altos funcionários da arquidiocese agiram nos bastidores para proteger padres acusados e proteger a igreja de um escândalo crescente.
O reverendo Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse hoje que não estava claro se eventuais novas regras tratariam especificamente desse assunto, mas salientou que um esclarecimento parece óbvio, já que as leis atuais sobre o tema são ambíguas.
Fonte: Tribuna do Norte
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