Foto: Júnior Santos
Ontem, 119 pacientes estavam nos corredores, dos quais 29
aguardavam cirurgia ortopédica
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A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) está buscando um mecanismo administrativo para contratar e pagar o salário do novo diretor do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, o advogado Marcondes Diógenes. Além de não ser funcionário público, o salário de R$ 15 mil, sugerido pelo advogado, está bem acima do recebido por um diretor de hospital na rede estadual - a gratificação referente ao cargo de diretor do maior hospital do Estado é de R$ 1.560,00. Enquanto o novo diretor não é nomeado, a médica Fátima Pinheiro segue no cargo, do qual pediu exoneração há mais de uma semana.
Ontem, o secretário da Saúde Pública do RN, Isaú Gerino, estava em Brasília participando de reunião que tratava de um pacto pela melhoria do serviço de saúde em todo o Estado a ser firmado entre governos federal, estadual e municipal, quando afirmou que a pasta está estudando alternativas para a contratação de Marcondes Diógenes. Através da assessoria de imprensa, reconheceu que a remuneração paga atualmente é muito baixa, por isso o governo vai buscar a solução jurídica "mais segura" para a contratação. "Quando chegarmos à alternativa mais segura, o Estado vai informar", repassou a assessoria do Governo.
Marcondes Diógenes disse que o secretário e a governadora aceitaram o valor proposto, inclusive que os vencimentos da equipe nomeada por ele fossem proporcionais - entre 10% e 30% menor. Além desse ponto, as condições para aceitar o cargo incluem a autonomia financeira e administrativa da unidade e transparência, inclusive, para expor à imprensa a situação do hospital. Essa é a terceira mudança na direção do HWG, em pouco mais de dois anos da atual administração estadual.
Enquanto não assume o cargo, o ex-interventor da organização social Marca segue mantendo reunião com o secretário Isaú Gerino e assessores da Sesap para ficar por dentro da situação do Walfredo Gurgel, sem interferir na atual gestão, já que sua nomeação ainda não foi publicada. "Tenho condições técnicas, administrativas e estou à disposição. Mas aguardo que tudo esteja preto no branco", destaca Marcondes Diógenes. O futuro diretor do Walfredo Gurgel evitou entrar em detalhes sobre o hospital, mas ressaltou a necessidade de agir devido a urgência por soluções.
Foi dado um prazo de seis meses para que o novo diretor-geral da maior unidade hospitalar do Rio Grande do Norte, resolva, entre outros, os problemas de superlotação, falta de leitos, escalas de médicos, desabastecimento da farmácia e falta de insumos. Ao pedir desligamento do cargo, Fátima Pinheiro afirmou não aguentar mais a pressão.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
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