terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Abastecimento ainda é precário, diz diretora


Enquanto o novo diretor-geral anunciado pelo Governo do  Estado não vem, Fátima Pinheiro segue com a rotina que vem tirando a sua saúde. "As coisas estão melhorando. Desde o decreto de calamidade pública até agora, a situação está caminhando. Alguns pedidos que foram feitos em 2012 começam a ser atendidos", analisa. A médica aponta a questão do abastecimento de medicamentos como o problema mais complicado. "Ainda esta precário", define.

O problema, segundo ela, é que a realidade do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel é diferente das demais. A demanda é tão alta que o hospital não sai dessa situação de superlotação e desabastecimento. "Se os municípios deixarem de comprar ambulâncias e investirem na saúde, melhoraria bastante", sugere. Uma média de 40%  dos 864 itens padronizados chega semanalmente à farmácia do HWG. É o que contabiliza a gerente do setor, Carla Magalhães. "Se viesse a quantidade que a gente solicita para consumo semanal, em quantidade e ítem, não teria esse problema de desabastecimento. O problema maior é o não abastecimento na Unicat", afirma. 

Na tarde de ontem, quando a TRIBUNA DO NORTE visitou o hospital, o estoque de medicamentos era de 41% do total necessário. Mas a situação já esteve pior. Em julho do ano passado, época do decreto de calamidade pública, o percentual era de 27%. O melhor índice registrado foi de pouco mais da metade, 57%.

Nos corredores, as filas e macas  já se tornaram marca do Walfredo Gurgel. O funcionário público Jeová Batista sofreu acidente de moto em Tangará. Rompeu os ligamentos da clavícula, vai precisar passar por cirurgia, mas não tem expectativa de quando isso pode acontecer. na tarde de ontem, a fila somava 119 pessoas, das quais 29 aguardavam uma cirurgia ortopédica (procedimentos feitos em parceria com a rede municipal em outras unidades); 69 internados e recebendo atenção da clínica médica e outros 21 em leitos improvisados de UTI.

Fonte: Jornal Tribuna do Norte

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