segunda-feira, 24 de junho de 2013

Após protestos, Dilma vai anunciar pacote para educação, saúde, mobilidade e transparência

Depois de uma semana de manifestações nas principais cidades do país, a presidente Dilma Rousseff se reúne hoje (24) à tarde com governadores e prefeitos das capitais, quando deve tratar de um pacote de medidas envolvendo as áreas de saúde, educação, mobilidade urbana e transparência pública.
Em pronunciamento na última sexta (21), Dilma disse que manifestações trouxeram lições importantes

De acordo com a Folha de São Paulo, além dessas medidas, o governo também avalia uma possível reforma ministerial durante o recesso do Congresso, em julho. Segundo o jornal, Dilma teria ordenado que, na reunião de hoje e nos próximos dias, fossem fechadas medidas concretas. Segundo o Planalto, caso os agentes públicos fiquem só no discurso, as manifestações continuarão no Brasil e no exterior.

Também de acordo com a Folha, serão anunciados na reunião de hoje a criação de mais de 2 mil vagas para médicos residentes, além de um plano de construção de hospitais e aquisição de equipamentos hospitalares no país. O anúncio das novas vagas devem ser feito oficialmente nesta terça-feira (25). Já o Ministério da Saúde, através do programa Mais Médicos Brasil, manterá a decisão de trazer médicos estrangeiros, frequentemente criticada por manifestantes.


A criação de um plano nacional sobre governo transparente também está previsto para ser discutido hoje, de forma que a Lei de Acesso à Informação seja expandida. O governo federal pedirá ainda o apoio de prefeitos e governadores para que seja aprovado no Congresso o projeto que destina 100% dos royalties de petróleo do pré-sal para a educação.

Na área de segurança, o governo pretende apresentar um plano de combate à violência, de forma a evitar, em acordo com os participantes, as "arruaças" durante os protestos.

Em relação às reformas, Dilma vem conversando com o ex-presidente Lula, que a orienta a fazer mudanças no governo, procurando reforçar credibilidade na economia e retomar diálogo com empresários, lideranças políticas e movimentos sociais.

Assessores da presidência reconhecem este como "o pior momento" da chefe, mas afirmam que "é preciso ter sangue frio", dialogar com as lideranças das manifestações e confiar que a economia passará a apresentar resultados positivos nos próximos meses.

Em reuniões precedentes à de hoje, Dilma avaliou ontem que o governo, além de ampliar o número de médicos através da contratação de estrangeiros, precisa ampliar o número de vagas para brasileiros. Ela também diz que unidades hospitalares mais equipadas, uma das principais críticas dos manifestantes, deve ser tratada na tarde desta segunda-feira, no Palácio do Planalto.


FONTE: TRIBUNA DO NORTE

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