Ex-chefe da igreja na Escócia admitiu que teve comportamento "inadequado" |
O Vaticano já sabia há pelo menos cinco meses que o cardeal Keith O'Brien (foto), 74, tinha um passado de predador sexual e no entanto o manteve como chefe da Igreja na Escócia. De acordo com a imprensa britânica, um padre apresentou em outubro de 2012 queixa contra Keith diretamente ao Vaticano por não confiar na hierarquia escocesa da Igreja.
A situação só se complicou de fato para O'Brien quando o jornal The Observer publicou no dia 23 de fevereiro que ele estava sendo acusado de cometer “atos impróprios” há cerca de 30 anos por três padres e um ex-sacerdote. E o porta-voz do Vaticano, então, foi obrigado a se manifestar, dizendo que o papa Bento 16 já sabia das acusações e que ia tomar uma decisão. O'Brien provavelmente não seria atingido por punição alguma, porque ao final deste mês ia se aposentar.
Quando o jornal publicou a acusação de que O'Brien se aproveitava das orações noturnas para assediar seminaristas, o cardeal negou, acrescentando nunca tinha sido inquirido pelo Vaticano sobre qualquer deslize. Contudo, logo depois, na segunda-feira (25 de fevereiro), O’Brien anunciou a sua renúncia, deixando assim de participar do conclave que escolherá o novo papa.
Hoje, o cardeal admitiu o que vinha negando: ele teve, sim, um “comportamento inadequado” nos anos 80. Em nota, disse: “Gostaria de aproveitar a oportunidade para admitir que, em alguns momentos, minha conduta sexual não foi compatível com os padrões esperados da minha pessoa, como padre, arcebispo e cardeal".
Na mesma nota, ele pediu perdão para as pessoas às quais “ofendeu” e também à Igreja Católica e à população da Escócia.
Fonte: Paulopes
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