sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

PF indicia sete pela morte de agente penitenciário, mas MPF denuncia só quatro

O Ministério Público Federal denunciou apenas quatro pessoas pelo assassinato do agente penitenciário federal Lucas Barbosa Costa, morto em 17 de dezembro de 2012, em Mossoró. A investigação que foi conduzida pela Polícia Federal, concluída em agosto do ano passado, resultou no indiciamento de sete suspeitos, mas apenas quatro foram denunciados. Isso significa dizer que o MPF não concordou com a posição da PF e deixou três suspeitos de fora.
Por meio de nota à imprensa, o Ministério Público Federal divulgou o nome dos denunciados, que agora vão à Júri Popular pelo assassinato do agente penitenciário federal: Expedito Luís de Carvalho, o “Luizinho”; Emerson Ricardo Cândido de Moraes, o “Magão”; Lucieldson Soares da Silva, conhecido como “Pirrola”; e Antônio Vieira Ribeiro Júnior, o “Juninho Queimado”.
Foto: Gildo Bento/arquivo
'Luizinho' e Emerson foram apresentados à imprensa em junho de 2013;
Ainda de acordo com a nota que foi enviada aos jornalistas, o MPF decidiu denunciar os investigados por três crimes diferentes. Além do homicídio qualificado (motivo fútil, de forma cruel e mediante meio que dificultou a defesa da vítima), o quarteto vai ser julgado ainda pelos crimes de ocultação de cadáver e associação criminosa. A pena destes crimes, caso a denúncia seja acatada pelos jurados, pode ultrapassar os 30 anos, prazo máximo permitido no Brasil.
As investigações que foram conduzidas pela Polícia Federal, com apoio das polícias Civil e Militar do Rio Grande do Norte, apontaram que a vítima foi morta por acaso. A quadrilha estava praticando roubos na área do bairro Alto de São Manoel (zona leste), quando abordou o agente penitenciário, sem conhecer a sua identidade. Lucas se aproximava de sua casa. Após alguns minutos em poder do refém, descobriram sua identidade e resolveram matá-lo.
Parte da quadrilha entrou no carro da vítima e seguiu em direção à Estrada da Raiz (zona norte), enquanto o restante acompanhava o trajeto em outro veículo. Ao chegar ao destino, eles vestiram o uniforme de agente penitenciário na vítima e amarraram-na. Os laudos pericial e médico-legal do Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) e da Polícia Federal revelaram que Lucas foi morto com pelo menos 14 tiros, com três armas de calibre 38 e Ponto 40.
Blog Ponto de Vista 1000 via DeFato

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